segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

MANDALAS TIBETANAS DEVOCIONAIS





Imagine que você tenha passado dias ou até mesmo semanas construindo algo extremamente delicado. Se alguém, em um segundo, destruísse o que você criou, você ficaria no mínimo chateado, certo? Não é o caso destes monges tibetanos, que investem horas na criação demandalas incríveis feitas com areia para depois, arbitrariamente, destruí-las. O objetivo, segundo eles, é enfatizar a inconstância da vida.
As complexas mandalas, chamadas de dul-tson-kyil-khor, utilizam diversas cores de areia, que são adicionadas ao esboço geométrico utilizando um instrumento chamado chak-pur. Como uma espécie de funil metálico, nele está a areia, que é liberada a partir da vibração do material ao entrar em contato com uma varinha, que fica na outra mão do monge. Dessa forma, é possível controlar a areia como se fosse um líquido e, a partir disso, colorir a mandala.
Assim que a arte fica pronta, ela é destruída. Parte da areia é distribuída para o público, enquanto que o restante é liberado no rio mais próximo como forma de, simbolicamente, espalhar a paz e a cura mentalizada pelos monges no mundo. Não tem como discordar: monges são humanos extremamente pacientes e sem apegos materiais!
Confira algumas imagens da criação de mandalas e a espetacular arte final:
The Drepung Gomang Tibetan Monks – Sacred Sand Mandala

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